domingo, 18 de agosto de 2013

Saiba tudo sobre a Doença: Complexo Respiratório Viral Felino(gripe dos gatos)

Gripe em gatos: um mal comum. Veja o que é e o que fazer pelo bem-estar do pet

(Imagem: Shutterstock)
A "gripe" em gatos,também conhecida como Complexo Respiratório Viral Felino (CRVF), é provocada principalmente por um vírus, porém não é o mesmo vírus que causa gripe nos homens (vírus Influenza), mas outros dois vírus que não infectam os seres humanos.

A influenza não infecta os felinos, por isso, se estiver gripado, não se preocupe em passar para o seu gatinho. Cuide-o a respeito da gripe própria de felinos, pois apesar de não costumar ser grave, pode se desenvolver para um quadro com risco de levar à morte do bichano.

Veja, neste artigo, o que causa essa doença, como preveni-la, quais são os sinais clínicos e como cuidar de um gatinho doente.
 
Antes que você comece sua leitura, ressaltamos: todas as doenças que costumam acometer o trato respiratório dos gatinhos são bastante comuns e, apesar de se espalharem entre eles facilmente, não apresentam riscos aos seres humanos nem aos cachorros.

Conheça, previna, identifique e trate a "gripe" em gatos


O que é a CRVF e como ela se espalha?

Pode ser causada por dois tipos de vírus e dois tipos de bactérias, altamente contagiosos entre os felinos.


(Imagem: Shutterstock)
A "gripe" dos gatos pode ser causada por dois vírus diferentes, o Herpesvírus e o Calicivírus, e bactérias, Clamydophila felis eMycoplasma e Bordetella brochiseptica. Por causarem sinais clínicos e consequências muito parecidas, é praticamente impossível distinguir clinicamente qual dos dois vírus é o responsável pela doença.

Os gatinhos infectados por um desses vírus desenvolvem a rinotraqueíte, que tem os sinais clínicos extremamente semelhantes aos da gripe que acomete os seres humanos, por isso costumamos chamar de gripe, mas, apesar de ser uma infecção viral do trato respiratório, não é, na verdade, uma gripe.

Assim como ocorre com o Herpes em humanos, gatinhos que desenvolvem rinotraqueíte, mesmo depois de tratados e não apresentarem nenhum sinal clínico, continuam infectados para toda a vida, sendo, assim, portadores desses vírus. É uma doença bastante oportunista e vai se manifestar toda vez que o bichano tiver uma baixa de imunidade.

É uma enfermidade muito comum em lugares com muitos gatos, como os gatis, e é trasmitida de um gato infectado para outrosaudável por meio de contato direto. O espirro é uma das maiores fontes de infecção, pois libera esse vírus no ambiente.

Pode acometer qualquer gato, no entanto gatos filhotes e idosos são mais suscetíveis já que apresentam certa fragilidade, e é para esses gatos que a doença pode ser mais perigosa.

Sinais clínicos e consequências

Os sinais clínicos são muito parecidos com os da gripe, mas as consequências podem incluir cegueira e até a morte.


(Imagem: Shutterstock)
A rinotraqueíte, se não tratada ou se acometer um animalzinho já debilitado, pode evoluir para consequências muito graves. Essa doença pode provocar úlceras muito sérias nos olhos do gatinho e em sua boca, o que pode causar cegueira e impedir o animal de se alimentar. Se, além de doente, ele ficar desnutrido, por não conseguir comer devido às dores na boca, o animal fica cada vez mais fraco, e o quadro pode se agravar porque o organismo fica sem chances de se reestabelecer, o que pode levar ao surgimento de outras doenças, como a pneumonia, e até levar ao óbito.

Por isso, é bom saber identificar a doença e levar o bichano ao médico veterinário para que ele possa diagnosticar corretamente a doença e então começar o tratamento. Os principais sinais clínicos são:

  • falta de apetite;
  • febre;
  • espirros;
  • apatia;
  • olhos lacrimejantes;
  • coriza;
  • conjuntivite; 
  • lesões no interior da boca.

Tratamento e prevenção

A doença pode ser prevenida por meio de vacina e tem tratamento.


(Dra. Juliana Naves da Clínica Entre Patas e Pelos)
O primeiro passo, tanto para a prevenção quanto para o tratamento, é a higiene do ambiente. Um ambiente limpo e desinfetado diminui as chances de transmissão de um bichinho para outro, além de ajudar a impedir a recorrência frequente em um gatinho que já foi infectado.

O diagnóstico e o tratamento devem ser indicados por um médico veterinário tão logo o gatinho apresente os sinais clínicos. Esse tratamento é geralmente feito com base baseado na terapia de suporte no que se refere aos vírus. Impedir que bactérias se proliferem e tratar os problemas já existentes é a chave para uma adequada recuperação. Existem algumas medidas que você pode tomar para aliviar esses sinais e dar mais conforto ao seu gatinho, como limpar seus olhos e focinho com um algodão embebido em solução fisiológica regularmente, manter o gatinho em um lugar arejado e bem ventilado e incentivá-lo a se alimentar e a beber bastante água são medidas simples que auxiliam muito na recuperação.

Como o melhor tratamento é sempre a prevenção, é bom saber que existe vacina, e ela deve ser aplicada no gatinho filhote, mas também é possível vacinar o bichano depois que ele tenha sido infectado.

Juliana Naves, médica veterinária da clínica Entre Pelos e Patas  avisa: "A vacinação é importante, mas isso não significa que não terão mais sinais, apenas que esses sinais serão bem mais brandos em animais vacinados." 

  Não deixe seu gatinho ser vitima dessa Doença!


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